Segundo Belkiss de Mendonça[1], a história da música em Pirenópolis começa com o padre José Joaquim Pereira da Veiga, com referências em manuscritos musicais do início do século XIX (1801). São partituras com formação para violinos, flautas, trompa, oficleide e baixos. Além desta formação, o Vigário da Vara, como era conhecido este padre, montou um quarteto de cordas, com violinos, viola e violoncelo. Tais conjuntos animavam as festas, muito comuns em Meia Ponte (antigo nome de Pirenópolis), em especial as missas e novenas, que até hoje seguem repertórios do século XIX, cantadas em latim.
Pirenópolis foi descrita por diversos viajantes do século XIX como uma cidade rica em cultura, que impressionou os viajantes por apresentar pequenas óperas e árias em teatros. As festas de Meia Ponte também foram assuntos de cartas e notícias. Nos séculos XIX e início do século XX, a produção musical de Pirenópolis foi bastante extensa. A dificuldade em se obter partituras, devido às grandes distâncias e aos parcos recursos financeiros, obrigavam os músicos a comporem e adaptarem peças às qualidades e disponibilidade dos músicos e instrumentos que existiam na época. De modo que existe muitas músicas autorais e o acervo de Pirenópolis em manuscritos antigos é bem significativo.