Pico dos Pireneus
Com 1.385 metros de altitude, é o ponto mais alto da região. Em seu cume assenta-se uma pequena capela dedicada a Santíssima Trindade. Estas formações de cuestas delimitam o bordo do Planalto Central Brasileiro e são divisores das águas de duas das mais importantes bacias hidrográficas do continente, a Platina e a Tocantinense.
Importante marco geográfico, foi objeto de principal interesse da Comissão Crulz, grupos de cientistas que por aqui estiveram em 1892 para a demarcação o quadrilátero do Distrito Federal. Havia entre os cientistas da época uma forte dúvida quanto a altitude deste pico. Padre des Genettes havia afirmado que sua altitude aproximava-se dos 3.000 metros. A Comissão portanto calculou com precisão a sua altitude e deixou no local um documento com o seguinte teor:
"Ascensão ao Pico dos Pyreneus - Alto do pico mais elevado, em 8 de Agosto de 1982.- Ás 12 horas da manhã do dia 8 de Agosto de 1892, 4° da Republica dos Estados-Unidos no Brazil, chegou ao alto d´este pico, o mais elevado d´entre os dos Pyreneus, a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brazil e aqui fez observação para determinar com a maior precisão as coordenadas d´esta posição.
E, para attestar em qualquer época a sua presença, lavrou este documento que é por todos assignado e que depois de convenientemente lacrado, fica depositado no alto do próprio pico.
Assignaram: -L.Cruls. – Antonio Pimentel.- H. Morize.- Tasso Fragoso.- Pedro Gouvêa.- A. Abrantes.- Alipio Gama.- Hastimphilo de Moura.- P.Cuyabá.- Henrique Silva.- Paulo de Mello."
Em 1927, Cristovam José de Oliveira erigiu uma pequena capela sobre o pico, que originalmente era de madeira, e foi realizada a primeira missa em 18 de junho de 1827 pelo padre Santiago Uchôa e mais 35 pessoas. Por esta época, mandaram talhar na rocha do pico a seguinte inscrição:
Salve D. Emmanuel
9-7-930
Pyreneus de Goyaz
Tú és pedra
e sobre esta pedra
ficará a imagem
de quem te fez
22-9-29
Em 1935, um vendaval destruiu a capela de madeira e no mesmo ano foi construída uma outra de alvenaria, que resiste até hoje.