Menu
Menu
Lupa

Maria Olívia, ainda uma moradora

Essa senhora mora há 42 anos na Rua do Rosário,que hoje se transformou na famosa Rua do Lazer. Aqui ela nos conta como enfrentou as transformações e como se adaptou a elas. Muito simpática, Maria Olívia nos conta um pouco de sua história como moradora.

Essa senhora mora há 42 anos na Rua do Rosário,que hoje se transformou na famosa Rua do Lazer. Aqui ela nos conta como enfrentou as transformações e como se adaptou a elas. Muito simpática, Maria Olívia nos conta um pouco de sua história como moradora.

- A senhora nasceu aqui nessa mesma rua?

- Nasci aqui em Pirenópolis, mas não nessa rua. Aqui moro há 42 anos.

- E como era essa rua quando a senhora chegou aqui?

- Era a rua do Rosário e não Rua do Lazer como se chama hoje. Era uma rua ótima onde as crianças brincavam e nós ficavamos sentados na porta. Era bem diferente de agora.

- Naquela época a senhora ainda era uma criança?

- Não digo uma criança. Mas era bem nova sim!

- E como foram as transformações daquele tempo até hoje? Como tudo aconteceu?

- Foi difícil de aceitar, porque a mudança foi muito brusca! Embora tenha sido bem lento, Tudo mudou muito. Naquela época eu sentava na porta para ver os filhos dos vizinhos brincarem. Agora mudou muito,né? Por isso foi muito difícil aceitar.

- Como foi o primeiro movimento para a transformação dessa rua no que ela é hoje? Já que a Rua do Lazer é uma referência!

- De início, pioneira foi o Aravinda que pertence a Edna. Antes não existia nenhum barzinho ou restaurante. A Edna foi realmente a pioneira aqui da rua do Lazer. Depois vieram o Varanda Bar, que hoje tem outro nome. E com isso veio acontecendo esse crescimento. Os dirigentes perceberam que aqui seria o ideal para uma rua de lazer. De início a banda de música vinha tocar nos fins de semana. Vinha muita gente!
Na época de natal o Pompeu trazia aqueles grupos para cantar. Eles vinham aqui na porta pra ver se juntavam gente. De início foi assim, tentando aglomerar o pessoal e, de repente, foram surgindo mais bares, mais bares e aconteceu o que é hoje!

- Houve alguma resistência contra essa mudança?

- Teve sim e muito! Meu marido inclusive, morreu sem aceitar essa situação. Mas nós aceitamos e gostamos. Tem uma parte interessante. Por exemplo, eu tenho minha loja e para mim foi bom por causa do movimento. Mas em alguns casos ainda é difícil. A gente gosta da rua, do movimento, mas ainda é difícil para os moradores. Mas tudo muda e a gente não pode querer mudar isso, né?

- Como é ter uma loja de roupas em um lugar onde as pessoas procuram bares e restaurantes?

- Eu acho que eles acabam entrando atrás de um bar e no susto acabam visitando a minha loja, gostando, comprando e ainda fazem propaganda para outras pessoas!

- E é vantajoso para a senhora ter essa loja aqui nesse local?

- Sim, porque eu moro e gosto muito desse contato com as pessoas.

- E como são solucionados os problemas referentes a rua? Ou seja, há um local onde vocês se reúnem ou coisa parecida?

- Essa rua possui normas formalizadas. Eu participo das reuniões, mas não faço parte do grupo que administra. Que na maior parte é o pessoal dos bares e restaurantes. Discutimos questões como: o fechamento da rua para passagem de carros e a permanência de ambulantes. Quanto ao barulho, esse não traz problemas porque o som é basicamente da conversa das pessoas, porque sons muito altos são proibidos. Para mim a única inconveniência é somente a dificuldade de entrada e saída dos carros dos moradores. Mais de resto é ótimo!

- E para o futuro? O que a senhora gostaria que mudasse aqui na Rua do Lazer?

- Para mim está ótimo e nada precisa mudar. Eu gosto muito de morar aqui!

Maria Olívia Siqueira Batista conscedeu essa entrevista no dia 25/02/2007

elemento decorativo