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Artigos e notícias

A CIDADE DE PEDRA É UM ASSOMBRO

Distante 51km de Pirenópolis, a Cidade de Pedra, imponente formação rochosa, abriga uma monumental coleção de litotemas: colunas, capitéis, arcos, paredões, grutas, cânions etc. Numa área de algo em torno de 200 alqueires, praticamente todo acima de 1200 metros de altitude, a região sempre foi menosprezada pelos fazendeiros, por se tratar de terreno acidentado, terra fraca, rochosa e sem gramíneas. Mas, com a chegada do ecoturismo, os valores mudaram. O que antes era uma pedraria sem fim, hoje trata-se de uma área de exagerado valor geológico, botânico e cênico. Além das rochas, que formam tudo quanto é tipo de bicho e caretas, temos um cerrado rupestre de grande valia. O que predominam são as velozias (canelas-de-emas, candombás). São tantas as espécies que ao invés de grama ou capim, caminhamos em cima delas. Brancas, roxas, lilás, vermelhas. Gravatás, pepalantus, wunderlichias e papirus abundam pelos caminhos.
A propriedade do local é uma incógnita. Parece que não há dono, terra devoluta. Há uma história de dois irmão americanos que adquiriram a gleba e foram embora. Isso na década de 40, portanto há 60 anos. Alguns estão tentando entrar com processo de posse, uso-capião. O mais correto, na altura do campeonato, e por se tratar de Área de Preservação Permanente (acima de 1200m tudo é APP), é transformar em ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico, daí em Reserva ou Parque.
Para quem quer conhecer, um conselho, não vá sem um guia bem experiente, credenciado, com treinamento em primeiros-socorros. O lugar é fácil de se perder, perigoso e austero. Vá de calças compridas e leve água, não há água boa no local. É um passeio duro, mas para quem gosta de caminhadas e do cerrado... é um deleite.

Matéria publicada em 28/01/2005 às 21:09:23.

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